Doenças metabólicas e hormonais

O sistema endócrino é composto por glândulas que produzem hormônios, substâncias químicas que regulam muitos processos no corpo. As doenças endocrinometabólicas são um grupo diversificado de condições de saúde que estão intrinsecamente ligadas ao funcionamento dessas glândulas endócrinas e ao metabolismo.

Conforme a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), tais enfermidades podem afetar várias glândulas endócrinas, como a tireóide, a hipófise, as glândulas suprarrenais, o pâncreas e outras, além de envolver distúrbios metabólicos que afetam a maneira como o corpo processa nutrientes. Esse conjunto abrange uma ampla gama de patologias, que vão desde distúrbios hormonais, como hipertireoidismo, hipotireoidismo e a doença de Cushing, até problemas relacionados ao crescimento, função reprodutiva e síndromes metabólicas complexas, como a diabetes tipo 2 e a dislipidemia.

Como pontua a Dra. Alessandra Siqueira, médica cardiologista e doutora em Clínica Geral, as causas das doenças metabólicas são variadas e podem incluir fatores genéticos, bem como hábitos de vida pouco saudáveis, como excesso de peso e sedentarismo. Na sociedade moderna, estão aumentando os desafios relacionados à síndrome metabólica e à obesidade, alimentadas por uma dieta inadequada e falta de atividade física. Contudo, há uma crescente conscientização sobre a importância da prevenção e do controle dessas condições, com esforços voltados para a modificação desse cenário.

Nesse sentido, a Organização Mundial da Saúde (OMS) constantemente promove a importância de uma alimentação saudável e da prática regular de atividade física por meio de campanhas de conscientização e educação pública. Suas diretrizes fornecem orientações aos países sobre como criar políticas de saúde que incentivem hábitos saudáveis, o que inclui o desenvolvimento de políticas de prevenção do excesso de peso e do sedentarismo.

A prevenção desempenha um papel fundamental na promoção de um estilo de vida mais saudável para a população e na redução do risco de doenças metabólicas, explica a Dra. Alessandra. É importante orientar as pessoas quanto aos fatores de risco, como excesso de peso, sedentarismo e alimentação inadequada, que contribuem para o desenvolvimento dessas condições. A síndrome metabólica, que engloba hipertensão arterial, obesidade abdominal, dislipidemia e resistência à insulina, representa um dos maiores desafios de saúde pública atualmente, aumentando o risco de acidente vascular cerebral, infarto, isquemia e outras doenças vasculares.

O controle ativo das variáveis ​​metabólicas e hormonais é essencial para indivíduos com diagnóstico de doenças nessa categoria. O gerenciamento adequado dos níveis de glicose no sangue, lipídios e pressão arterial, bem como o monitoramento da circunferência abdominal, que é mais relevante que o peso, são medidas fundamentais para controlar a síndrome metabólica. O investimento na saúde é primordial, e quanto mais cedo as pessoas buscarem ajuda, melhor será o prognóstico.

Conforme orienta a Dra. Alessandra Siqueira, a dieta também é um ponto central na prevenção e controle das doenças metabólicas. Restrições calóricas e redução da ingestão de gorduras saturadas e trans podem auxiliar na redução dos níveis de gordura no sangue, enquanto o controle do sal e do açúcar na dieta pode contribuir para a manutenção da pressão arterial e do metabolismo glicêmico. Ademais, a ingestão adequada de alimentos ricos em fibras, como frutas, cereais e vegetais, promove a saúde intestinal e pode colaborar na regulação do metabolismo.

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