A febre é a elevação da temperatura normal do organismo, isto é, quando a temperatura corporal atinge níveis acima de 37,8 ºC. A Dra. Alessandra Siqueira, médica cardiologista, explica que sua ocorrência deve ser vista como um sinal de alerta, e que demonstra a existência de alguma infecção corporal, pois a liberação de células inflamatórias, através do hipotálamo, aumenta a temperatura corporal.

Wannmacher e Cardoso Ferreira identificam em um estudo alguns mitos relacionados à febre. O primeiro destes corresponde justamente à sua identificação como doença em si própria, de forma a privilegiar seu pronto tratamento com o emprego de medicamentos. Contudo, conforme comentam as autoras, “febre é somente uma manifestação de doença, tendo inclusive papel de defesa orgânica. Sugere-se, por exemplo, que febre represente um efeito benéfico decorrente de mecanismo de resistência do hospedeiro a infecções”.

Algumas doenças mais comuns, que podem estar por trás desse sinal de alerta, são as infecções respiratórias, na pele ou em outros tecidos moles, além de problemas no trato urinário. Contudo, também podem ser sinais para doenças mais graves, como gripes e pneumonias no caso da população idosa, ou mesmo de câncer e distúrbios inflamatórios.

A febre significa que o organismo está combatendo uma infecção. Em todo caso, conforme analisa a Dra. Alessandra, ela pode ocorrer como sintoma inespecífico, de forma que será sempre indicada a busca por assistência médica, pois os exames físicos e laboratoriais ajudarão no entendimento exato de sua causa.

Sua ocorrência pode vir acompanhada de sintomas como dor de cabeça, dor de garganta, confusão mental, dor muscular, sendo que cada um destes pode indicar um sinal de que tipo de infecção está por vir ou que já se instalou. Ademais, é importante notar que a febre alta pode apresentar variações, como é o caso de alucinações ou convulsões, estas mais notadamente em crianças.