Diagnóstico e Tratamento de Angina de Peito e doenças coronarianas

A angina de peito, ou dor no peito, é um sintoma quase sempre relacionado a doenças que causam obstruções nas artérias responsáveis por levar sangue ao coração. Essa obstrução é causada pelo acúmulo de certas substâncias - sobretudo gorduras - nas paredes dos vasos sanguíneos, condição chamada aterosclerose, e que a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) define como uma doença crônica e progressiva.

A aterosclerose começa com lesões nas paredes das artérias devido a fatores de risco, como pressão alta, tabagismo, colesterol elevado, diabetes e outros. Essas lesões permitem que o colesterol e outras substâncias se acumulem nas paredes arteriais, de forma que seu aumento pode restringir o fluxo sanguíneo.

Como explica a Dra. Alessandra Siqueira, médica cardiologista, a doença arterial coronariana pode causar uma sensação de aperto no coração ou uma dor que se espalha pelo corpo - costas, pescoço, nuca, ombros e braço esquerdo -. Outros sintomas também podem aparecer, como náusea, falta de ar e tontura. "A dor, em geral, permanece por alguns minutos, cessa e volta a ser sentida, em diferentes intensidades", descreve a Dra. Alessandra.

É fundamental buscar um médico cardiologista o quanto antes, de modo que a dor possa ser avaliada, classificada e investigada através de exames diferenciados, fundamentais para o diagnóstico correto, a partir do qual os tratamentos poderão ser encaminhados. De acordo com a Dra. Alessandra, há diversos tipos de fármacos, "desde antiplaquetários, nitratos, betabloqueadores, inibidores de cálcio e, conforme necessidade, poderão ser indicadas angioplastias ou cirurgias do coração, de revascularização".

O acompanhamento médico especializado, em todos os casos, poderá associar não só medicamentos, mas também abordagens não medicamentosas, tanto para prevenir episódios de angina de peito quanto para restabelecer a saúde após uma intervenção cirúrgica, por exemplo. A Dra. Alessandra recomenda retornar, o quanto antes, às atividades físicas e aos hábitos saudáveis que reduzem os riscos de um novo problema cardiovascular. Como ela menciona, "o principal problema não é ter angina ou um infarto, mas sim não tratá-los e correr o risco de um evento mais grave".

É essencial, consoante destaca a Dra. Alessandra, controlar os fatores de risco associados às doenças cardiovasculares, tais como hipertensão arterial, colesterol elevado, sedentarismo, diabetes, tabagismo, consumo excessivo de álcool e obesidade.

Cabe lembrar que as doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte no mundo e, entre elas, a doença arterial coronariana é a forma mais prevalente. O risco de desenvolver essa doença aumenta com o envelhecimento. Conforme o Ministério da Saúde, isso acontece em virtude de diversos fatores, tais como: o acúmulo de placas de aterosclerose nas artérias; o envelhecimento natural do coração e dos vasos sanguíneos a diminuição da atividade física; e o declínio da função do sistema imunológico.

Portanto, é importante que as pessoas mais velhas mantenham um acompanhamento médico regular para monitorar sua saúde cardiovascular e fazer ajustes nas estratégias de prevenção e tratamento, conforme necessário.

Compartilhe

Obrigado por entrar em contato!

Sua solicitação está sendo processada por nossa equipe, fique atento ao nosso retorno que deve ocorrer o mais breve possível.