A hipertensão arterial sistêmica é uma condição clínica, causada por inúmeros fatores, que se caracteriza por uma elevação sustentada dos níveis de pressão arterial. Como explica a Dra. Alessandra Siqueira, médica cardiologista, os níveis de pressão que apontam para o diagnóstico de hipertensão são maiores ou iguais a 140 mmHg (sistólicos) e/ou maiores ou iguais a 90 mmHg (diastólicos), ou, como costumamos dizer, a pressão 14 por 9.

Essa condição é muito comum e geralmente não apresenta sintomas. Contudo, ela pode aumentar o risco de insuficiência cardíaca e também de um acidente vascular cerebral. Assim, não há dúvidas sobre a importância do tratamento da hipertensão arterial.

Segundo a Dra. Alessandra, o mais importante quando se fala em tratamento de hipertensão arterial é separar medidas não medicamentosas e medidas medicamentosas. Entre as primeiras, pode-se citar mudanças de hábitos - dieta, atividade física, estilo de vida saudável, que podem contribuir para reduzir os níveis de pressão arterial sem a necessidade de recorrer a medicamentos.

No entanto, caso as alterações no estilo de vida não surtam o efeito desejado de redução suficiente da pressão arterial, o tratamento medicamentoso será necessário. A Dra. Alessandra nota que existem inúmeros medicamentos, chamados anti-hipertensivos, e várias formas de administrá-los. Por isso, é fundamental ser acompanhado por um médico atualizado em relação às linhas de tratamento, de modo a indicar uma estratégia personalizada, adequada às necessidades singulares de cada paciente, pois pode haver variações conforme a idade, o sexo e a etnia da pessoa, além da gravidade do caso e da presença de outros quadros clínicos.